Como se de luzes e flashes tratassem, os momentos surgiam.
Ainda me lembro de miúdo quando jogávamos á bola na rua,era sempre uma aventura, aqueles passeios, nada tinham que ver com o de uma avenida, eram pequenos, contudo nós como eramos pequenos, aqueles campos eram um espectáculo. Recordo-me de um vizinho, o do Fiat Ritmo, que fazia questão de querer estragar a Festa, de tal forma que chamava sempre os agentes da autoridade, e lá se escondia a Bola no escoderijo do prédio, atrás da porta, mais precisamente, numa caixa da agua.
Naquela Rua há recordação da Espanhola dos pássaros, do prédio rosa, ao lado da famosa garagem DeTomaso, das Panteras, a oficina do Barbas,era a locura, quando aquele homem sacava os bólides para fora da oficina e ligava aqueles motores, aquilo era uma adrenalina. Um dia acho que a bola das nossas partidas, teve um encontro imediato com o reclamo luminoso da Cartur, nem sei como ficou isso. Enfim.
O que será feito de algumas personagens daquela rua.
Lembro perfeitamente das voltas ao quarteirão de bicicleta,quem não se lembra naquela rua quando eu varri tudo á minha frente,até andei a fugir do homem da camioneta, que afinal só queria saber se estava bem, eu como não fosse o diabo tece-las, foge…
Recordo-me das vezes que íamos para Belém jogar á Bola,e hoje onde está exactamente o monumento em homenagem aos soldados do Ultramar, foi exactamente ai que aprendi a andar de bicicleta, grande paciência a do meu Padrinho.
E o famoso NSU, e o Toyota Corolla azul, que sempre a criançada ia na mala da carrinha, brincava-se as matriculas, contava-se histórias, outros tempos.
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